
Pra todo lado que eu olho, só vejo artigos, posts e especialistas falando sobre IA.
E no CONEC 2025 não foi diferente. A impressão é de que virou a panaceia universal: serve pra curar tudo, de caspa a Alzheimer.
Exageros à parte, como disse o futurólogo @candreva, a IA é uma tecnologia transversal: cedo ou tarde, todas as áreas da nossa vida serão permeadas por ela.
A palestra dele me chacoalhou ao afirmar que ninguém mais tem o monopólio do pensamento. Ideias não pertencem a uma única pessoa, porque temos acesso a todos os conceitos por meio desse grande repositório de informações que é a IA.
Mas o que mais me marcou foi a visão sobre o futuro do trabalho:
Estamos vivendo a batalha pela relevância.
Se a informação que você entrega ao seu cliente não é importante para ele, você já perdeu a guerra.
Para mantermos sucesso, precisamos não apenas de “inovação” (palavra desgastada de tanto uso), mas também de processos e soluções relevantes. Muitas vezes isso vem de fora da nossa indústria. Foi assim que a Netflix derrubou a Blockbuster e que o Airbnb reinventou parte do mercado hoteleiro: conveniência e relevância.
E onde entra o corretor de seguros nessa história?
O consumidor já usa IA para pesquisar produtos e comparar propostas.
Mas ainda não está confortável em comprar seguros diretamente com um agente de IA.
(Pesquisa Cognizant – “New Minds, New Markets”, com 8.400 entrevistados em 16 indústrias, em EUA, Reino Unido, Austrália e Alemanha.)
Mesmo quando aprende sobre o produto com IA, o consumidor enfrenta um obstáculo: nossa indústria se baseia em confiança. E confiança, para a maioria, ainda é olho no olho. Humano!
Outro ponto importante são as diferenças geracionais:
- Entre 45 e 54 anos: mais conforto em usar IA para aprender.
- Acima de 55 anos: recorrem à IA só depois da contratação.
E a grande pergunta: qual deve ser a estratégia na venda de seguros de vida?
(Destaco o seguro de vida porque ele envolve uma decisão emocional rara: encarar a nossa própria morte.)
Sim, a IA é uma ferramenta poderosa para ampliar conhecimento e produtividade. Mas, como bem lembrou @candreva, ainda que as máquinas estejam aprendendo a identificar sentimentos, eu não confiaria decisões de vida e morte (literalmente) a um chat com um agente IA.
No fim, a empatia continua insubstituível.
É ela que gera conexão genuína — e conexão é o que revela o que realmente importa para o seu cliente.
Porque, no fim das contas, quem compra é outro ser humano.
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