
O funil de vendas mudou — e quem continuar vendendo como se ainda estivéssemos no século passado, corre o risco de perder cliente pra concorrência.
Mas calma: ainda dá pra vender muito, mesmo sem depender de um agente de IA. O segredo está em entender como o consumidor moderno pensa, sente e rola o feed.
Da linha reta à montanha-russa: como o cliente compra hoje
A jornada de compra, que começou lá em 1898 com o famoso modelo AIDA — Atenção, Interesse, Desejo e Ação — era uma linha reta. Um cliente via o anúncio, se interessava, desejava e comprava. Simples. Hoje, parece mais uma montanha-russa: o cliente entra, sai, pesquisa, volta, se distrai com um vídeo de gato e, meia hora depois, lembra que estava pesquisando o seguro.
Atenção, Interesse, Desejo e Ação: ainda existem, mas…
A Atenção, que antes dependia de uma vitrine ou de uma ligação bem feita, agora disputa espaço com vídeos de 15 segundos, memes e notificações de delivery. O Interesse precisa ser conquistado rápido — é o momento de mostrar que o seu produto resolve algo real. O Desejo continua sendo a faísca emocional: não é sobre o seguro de vida em si, é sobre o sossego de saber que os filhos estarão protegidos. E a Ação? Bom, ela só acontece se o cliente não se perder com um post de influencer.
Mas o que antes terminava com a venda, agora é apenas um recomeço. As etapas pós-compra — uso, experiência e indicação — viraram o motor do crescimento. O “boca a boca” que sempre funcionou, agora é digital, público e multiplicado pelo algoritmo.
A pandemia acelerou o novo comportamento
Com a chegada da internet e, depois, da pandemia, o jogo virou de vez. De repente, até o seu tio que jurava que “comprar online é coisa de maluco” estava pedindo pizza, mercado e remédio pelo celular.
O WhatsApp virou balcão de negócios, vitrine, atendimento e pós-venda — tudo junto. A compra migrou da visita no escritório do cliente pro bolso, e o bolso começou a piscar com notificações.
O Messy Middle: o meio do caminho confuso
Foi nesse contexto que o Google, junto com a The Behavioural Architects, estudou o que realmente acontece entre o “quero comprar” e o “comprei”. Eles descobriram o tal do “meio do caminho confuso” (the messy middle).
Explorar x Avaliar: o looping sem fim

Entre o gatilho e a compra, o cliente entra num looping infinito entre explorar e avaliar. É o momento em que ele vê mil opções, assiste vídeos, lê comentários, compara preços, consulta o grupo da família e — claro — volta pro início porque “ainda não decidiu”.
Essa confusão é natural: diante de tantas alternativas, a mente tenta economizar energia buscando atalhos emocionais.

Os 4S do novo consumidor

E foi aí que outra consultoria gigante, o Boston Consulting Group (BCG), entrou na conversa. Eles atualizaram o mapa do comportamento do consumidor com o conceito dos 4S: Streaming, Scrolling, Searching e Shopping.
Traduzindo: assistir, rolar, buscar e comprar — nessa ordem mais ou menos caótica.
No Streaming, o consumidor é um espectador hiperconectado. Ele assiste vídeos, participa, comenta, compartilha. O conteúdo é interativo, não imposto.
O Scrolling é aquele momento em que ele “só dá uma olhadinha” — igualzinho quando a gente vai ao shopping só pra ver as vitrines e volta com uma sacola. O feed é o novo corredor da tentação.
No Searching, ele está de lupa na mão: pesquisa, compara, pede opinião da IA e vê review no YouTube.
E o Shopping é a tão esperada proposta assinada.
A jornada virou multicanal e imprevisível
Esse processo mostra que a jornada do consumidor virou uma colcha de retalhos digitais. Ele pode descobrir o produto no YouTube, desejar no Instagram, comparar no Google e comprar pelo WhatsApp — tudo no tempo de um clique.
E para que você, corretor, possa aproveitar essa oportunidade, encha o seu feed de depoimentos de clientes satisfeitos.
Depoimentos: o novo motor de vendas
E pra isso, o próprio Google deu a pista mais valiosa de todas: os seis vieses comportamentais que influenciam a decisão de compra. Entre eles, o mais poderoso é o da confirmação social — a famosa prova social.
Funciona assim: quando estamos em dúvida, copiamos o comportamento dos outros. É o motivo pelo qual a gente escolhe o restaurante cheio, confia nas estrelinhas dos depoimentos da Amazon.
Em outras palavras, quando o cliente vê avaliações positivas sobre o seu serviço, ele não está só lendo — está decidindo confiar em você.
A prova social é o atalho mental que transforma desconfiança em conversão.
E o melhor: o Google descobriu que ela é tão eficaz que pode fazer uma marca pequena vencer uma gigante, se usada na hora certa e no lugar certo.
Corretor de seguros: esteja onde o cliente está
Então, adivinha? O corretor precisa estar onde o cliente está. Se você vende pra pessoa física, todos podem te achar no Instagram. Se atende empresas, o LinkedIn é o seu novo escritório virtual.
E depoimento de cliente feliz é o novo outdoor na marginal — só que muito mais barato e com alcance global.
Vender hoje (ainda) é entender de gente
O estudo da Google entrevistou 31 mil pessoas, testando 310 mil simulações de compra em 31 categorias, incluindo seguros e previdência.
O que ficou claro é que vender hoje é entender o cérebro humano, não só o produto. A venda não termina quando o cliente assina. Ela continua na experiência, na confiança e, principalmente, na história que ele vai contar sobre você.
Corretor moderno: humano, estratégico e insubstituível
Em resumo: o corretor moderno não precisa competir com a IA — precisa se diferenciar dela. Porque enquanto a IA responde rápido, só o corretor humano entende que o cliente quer mais do que um seguro: ele quer sentir segurança.
E isso, felizmente, ainda não dá pra automatizar.
Fontes:
https://www.thinkwithgoogle.com/_qs/documents/9998/Decoding_Decisions_The_Messy_Middle_of_Purchase_Behavior.pdf
https://business.google.com/br/think/consumer-insights/mapeamento-jornada-do-cliente/?_gl=1*1lu96qd*_ga*MTg4MzE5NjUzLjE3NjIxMTUwNzA.*_ga_BXYLHC2HPB*czE3NjIxOTE4NTYkbzYkZzAkdDE3NjIxOTE4NTYkajYwJGwwJGgw_
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